A psicóloga Socorro Borba e a assistente social Alliny
Kelly, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), da Secretaria Municipal de
Saúde de Equador, realizaram uma palestra com a temática: “Setembro Amarelo:
Precisamos falar sobre suicídio” para o grupo de jovens do Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), da Secretaria de Assistência
Social.
De acordo com a psicóloga Socorro Borba, ‘Setembro Amarelo’
é uma campanha que tem o objetivo de alertar a população sobre a realidade do
suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. “No Brasil, a
campanha ocorre no mês de setembro desde o ano de 2014, por meio de
identificação de locais públicos pela cor amarela e divulgação de informações”,
informa a psicóloga.
Ela
acrescenta que a OMS – Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no
Brasil, 12 mil suicídios por ano e no mundo, são mais de 800 mil ocorrências,
isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos, conforme o primeiro
relatório mundial sobre o tema, divulgado pela OMS, em 2014. “É um assunto
complexo, que se espelha em fatores biológicos, genéticos, psicológicos,
sociais e também culturais. Em geral, a vontade de acabar com a própria vida é
provocada pela falta absoluta de perspectiva e uma enorme sensação de desamparo
e angústia”, explica Socorro Borba.
Sinais
de risco
A
psicóloga afirma que há alguns sinais que podem ser identificados por
familiares e amigos como sendo de risco, auxiliando a prevenção, são eles:
desinteresse pelas atividades que sempre foram prazerosas, sentimento de
inutilidade, culpa e desesperança, cansaço extremo, irritabilidade, dificuldade
de concentração e de tomar decisões e até mesmo falta de higiene com o próprio
corpo são comportamentos de alerta. A pessoa tende também a achar que é um
fardo para seus amigos e sua família.
Frases
de alerta:
–
Muitas coisas ruins passam na minha cabeça
–
Minha vida não tem mais sentido
–
Não aguento mais essa vida
–
Queria dormir para sempre
–
Queria fugir e nunca mais voltar
Importante!
Tanto
as pessoas mais próximas como desconhecidos são capazes de acolher e mesmo
encaminhar a pessoa suscetível ao tratamento com os profissionais adequados,
com simples ações: escutar a pessoa atentamente; compreender o sentimento sem
julgar; perguntar sobre o pensamento ou ideia existente; caso a pessoa tenha
acesso a métodos suicidas remova-os imediatamente e oriente a pessoa buscar
ajuda nas Unidades de Saúde ou no própio NASF.


