Prefeita de Equador e presidente da AMSO participa de reunião sobre sistema de adutoras na região do Seridó
A prefeita de Equador e presidente da AMSO, Noeide Sabino, participou nessa terça-feira, 22, no escritório da CAERN, em Natal, de uma importante discussão sobre alternativas para ajudar no abastecimento de água nas cidades do Seridó.
Ficou claro durante a reunião com a presença de representantes da CAERN, Semarh, IGARN, ADESE, DNOCS, Câmara Municipal de Caicó e AMSO que o problema não é só a falta de chuva na região, mas também de vontade política por parte de alguns, falta de recursos financeiros e da conclusão de projetos importantes para o abastecimento de cidades no Seridó.
Na oportunidade, a prefeita Noeide Sabino expressou sua preocupação com o abastecimento de água na região e, em especial, no município de Equador, que só deve durar até dezembro. "Precisamos ser contemplados com uma adutora", reforçou a prefeita.
Pelo menos três sistemas adutores estiveram na pauta discutida na reunião. Um deles é a Adutora Serra de Santana, que tem possibilidade de abastecer várias cidades. O outro é o sistema adutor de Parelhas, com condições de abastecer Jardim do Seridó, Ouro Branco, São José do Seridó e Cruzeta. E o sistema adutor da Barragem Carnaúba, quando estiver concluído, irá abastecer as cidades de Caicó, São Fernando e Timbaúba dos Batistas.
“O projeto da adutora está sendo concluído, custará em torno de R$ 11,5 milhões e terá uma vazão de 260 m3/h. Daqui a trinta dias, a CAERN vai apresentar todos os detalhes da adutora e sugerimos que a apresentação seja em uma audiência pública na Câmara Municipal de Caicó”, reforça Procópio Lucena, presidente da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas- Assu. E aí começa uma batalha para buscar recursos, porque não há possibilidade de aumentar a vazão da adutora emergencial e, a partir de outubro, vamos ter que dividir esse abastecimento com São Fernando, Jardim de Piranhas e Timbaúba dos Batistas. A única solução para esse sistema voltar a ter um nível de segurança é a Barragem de Carnaúba, que daria para uns 19 meses de abastecimento”, explicou Procópio Lucena. Ele ressalta que os orçamentos para todos esses sistemas adutores da região do Seridó chegam a R$ 50 milhões, dinheiro que, na opinião de Procópio, só será viabilizado se houver uma mobilização de todos os segmentos da sociedade, comitês, prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais, governos, Igreja e associações no sentido de cobrar dos governos a liberação dos recursos.
“Agora é a hora do povo do Seridó soltar sua voz, se articular, se organizar para que essas propostas que foram apresentadas saiam do papel. Tecnicamente elas estão sendo concluídas, mas faltam recursos para a sua implementação”, finalizou Procópio.